um dedo de prosa [50]

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Ela: ((:
Ele: (:
Ela: como estamos?!
Ele: juntos?!
Ela: daqui até a eternidade.

faixa 25.



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Quero ser livre das lembranças que me prendem ao passado. ()

riscos e discos.



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Quando resolvemos gostar de alguém, é por nossa conta e risco! E também é debitado nessa conta a missão de fazer o tal alguém perceber e acreditar no sentimento, porque afinal de contas as pessoas não são obrigadas a adivinhar o que se passa do lado de dentro do nosso coração, né?! O que não quer dizer que elas tem o direito de nos fazer de trouxa! 
Talvez o sentimento seja sentindo por ambas as partes, mas uma delas tem que ceder a falta de vergonha e rasgar fronha. Caso contrário, chegará um terceiro e levará o que era pra ser nosso. E é nesse momento que aquele ditado de que ser for pra ser será cai por terra, anota aí.
É claro que depois que a fronha do sentimento for rasgada, não tem como juntar as penas e fingir que nada aconteceu e tá acontecendo. Pode ser que o clima fique estranho, pode ser que as coisas se encaixem perfeitamente, pode ser e pode não ser.
Lembrando que o risco é nosso e só nosso! Não podemos oferecer sentimento esperando retorno, porque daí quebramos a cara e de brinde o coração. 
Não, você não é obrigado/a a oferecer a cara pra bater, você pode ficar no seu mundinho curtindo o sentimento só. Sem preocupação, sem expectativa, sem decepção e principalmente sem o prazer de fazer o tal alguém feliz.
Fato é que teoria é teoria e romance é romance.

um dedo de prosa [49]



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Ela: acho que já passou da hora.
Ele: hora de que?!
Ela: de você ser meu!
(risos)

mimimi



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Por mais estranho que possa parecer, as coisas boas sempre trazem uma certa desconfiança. Elogios são vistos como ironia. Aplausos e sorrisos são tidos como atestado de falsidade. Ninguém acredita na bondade alheia, todos estamos sempre com os dois pés e o coração atrás. Desconfiamos até do nosso espelho. Não nos reconhecemos com um sorriso no rosto ou então com o estômago sendo usado como pista de dança para as mariposas. Sempre que algo bom acontece, automaticamente lembramos de algum ruim que aconteceu antes ou que tá pra acontecer depois. O choro é mais aceitável que a gargalhada. Ninguém finge sofrimento, ninguém quer parecer um fracasso e ninguém força lágrimas para se enturmar em um grupo qualquer. Mas eu não tô só falando de dor ou tristeza, o ódio; o rancor; a mágoa; as frustrações e mais uma pá-de-desgraça também estão na lista. Me pergunto porque é mais fácil acreditar no ruim do que no bom. Será que ninguém merece o benefício da dúvida?! Será que não acreditamos na alegria alheia porque somos um bando de invejosos ?! Tem que vê direitinho isso aê!

# ganha sempre quem incomoda mais.

rodo e pia.


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O amor,
mesmo com a dor
não perde o sabor
e muito menos a cor.

O amor,
mesmo com o clima
não perde a rima
e muito menos o ímã.

O amor,
mesmo com o dia
não perde a harmonia
e muito menos a melodia.

ato cem e um.



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Os dias do lado de cá estão cada vez mais instáveis. Tanto o clima lá fora quando o clima aqui dentro. Vejo o céu azul e aquele sol forte alegrando a vida de vários e fico lembrando da tempestade que rola dentro de mim. Não que eu esteja passando por uma fase deprimente ou coisa do tipo. Às vezes, os papeis são invertidos. Todos correm da tempestade e eu sorrio, ao lembrar do sol que brilha dentro de mim. Lembro-me daquele calor que falta cozinhar os meus órgãos.
 Mas, eu confesso que sou mais chuva do que sol. Não sou uma pessoa triste - já fui durante muito tempo - e também não sou a rainha da felicidade, porque gosto de me equilibrar entre esses estados de espírito.

um dedo de prosa [48]



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Ele: sempre desconfiei que você tinha bom gosto.
Ela: e quanto teve certeza?!
Ele: quando você aceitou meu pedido de casamento.
(risos)

2 patinhos na lagoa.



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Pra bom entendedor, um título basta ;)

dia sim e o outro também.



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Às vezes, a gente acorda e a esperança continua dormindo. Parece que tudo a nossa volta não vai dá certo, que tudo foi perdido e que só levantamos pra cumprir um ritual obrigatório. Em dias como esse, nada tem graça e muito menos cor. Todos os clichés de foreve alone nos serve como roupa encomendada sobre medida. Todos temos dias assim, seja rico ou seja pobre, bonito ou feio, magro ou gordo, banguelo ou sorri dente. Achamos que todos os dias seguintes serão semelhantes ou talvez iguais. Desejamos a morte, não a nossa, a dos outros que nos deixaram daquela maneira. Os ponteiros do relógio caminham na mesma velocidade que uma tartaruga manca, e não é exagero não. Felizmente a noite, a noite de verdade, porque o dia todo parece uma grande madrugada fria e escura. Colocamos a cabeça no travesseiro ou então no braço do sofá. Tentamos uma reza para desejar que tudo fique bem, mas no fundo negando que as coisas possam de fato de ajeitar. Nosso mal é esse pessimismo eterno e essa falta de fé nos pedidos que fazemos. O sono chega depois de um maremoto de pensamentos, lamúrias e algumas lágrimas teimosas que correm pelo nosso rosto. Assim que nossas pálpebras se fecham, o mundo se transforma. Enquanto dormimos coisas mágicas acontecem, pode ter certeza. Bons sonhos invadem nosso pensamento, sorte nossa que o nosso sub-consciente é muito esperto e nunca liga para aquilo que acreditamos ou não. Ele dá espaço para aquilo que almejamos e temos vergonha de dizer. Sonhos bons acontecem, sonhos que só são bons por serem só sonhos. Mais um dia nasce e dessa vez a esperança é esperta o suficiente para se levantar no primeiro toque do despertador.

# a fé é a chave que abre a porta dos sonhos.