carta aberta - volume II.



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hoje, eu não senti vontade de te ligar. não estava ansiando por ouvir seu sotaque e nem o som da sua risada. hoje, a minha vontade era de ficar abraçada com você. de te contar sobre meu primeiro dia de vendas-de-brigadeiro. comentar que meu pastor eric fez um ótimo trabalho de garoto propaganda. descansar nos seus braços, pois mal consigo sentir os meus. ouvir o ritmo descompassado do seu coração e sentir sua respiração nos meus cabelos. ligar a vitrola e te mostrar mais um álbum que eu conheci. todas as minhas experiências e rotinas eu quero compartilhar com você, e tenho medo de quando isso passar. essa semana me peguei não pensando em você e isso me assustou um pouco.  me senti esquecendo do medo que tenho de te esquecer.
eu sei, eu só venho aqui e escrevo sobre as minhas vontades, sobre meus desejos, sobre o que me aconteceu ou deixou de acontecer. a verdade, é que fico receosa de perguntar sobre você, pois o silêncio e a ausência de respostas já dilaceraram bastante o meu coração de papel, mas fique a vontade pra responder e se manifestar. qualquer manifestação sua já faz a escola de samba, que existe no meu estômago, adiantar o carnaval. teje avisado!


Um comentário:

Nati Pereira disse...

Teje avisado de que a minha escola de samba só começa o carnaval quando você chega.

Tuas linhas são lindas demais, sempre e sempre, pra todo o sempre. Beijos