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não tem nada de anormal em colocar uma música pra tocar quando tu pega um livro pra ler. ninguém acha estranho você caminhar por ai com fones acoplados aos ouvidos. todos entendem perfeitamente que não se pode faxinar a casa sem uma playlist definida. não existe festa feita com silêncio ou só com o barulho das vozes conversando. na hora do banho todos somos artistas famosos, damos o play e fazemos as performances de nossas vidas. quando o assunto beira o precipício do silêncio a gente recorre aquela música que acabamos de conhecer ou então aquela que temos por favorita. e até quando não estamos exercendo nenhuma atividade a música está lá, trazendo vibrações e vida para nossos corpos.
os acordes, as harmonias, as variações de vozes, os diversos timbres e tons estão sempre nos salvando. sempre nos orientando. sempre embalando nossos melhores momentos. música é o que sobra quando um relacionamento acaba, porque fotas a gente rasga ou deleta, mas como impedir que aquela música toque? música é o que sobra quando o salão de festa fica vazio, ainda podemos deixar tocar e dançar com a vassoura. música é o que sobra quando a saudade já perdeu a voz.
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