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a solidão só durou alguns poucos meses, não houve tempo pra saudade ou pro arrependimento. o fim já tinha sido decretado e sacramentado, não tinha volta e sendo assim a vida tinha que seguir. trocou-se apenas os lençóis e as fotas que eram exibidas pela casa. agora a rainha do lar era outra, com outros hábitos e costumes. suas juras e textos de amor foram direcionados para outra amante. por que esperar? a vida corre, acaba e o que sobra? espalharam por ai que era impossível ser feliz só, então só haveria felicidade com outra pessoa ao lado, por isso a pressa e o desespero. mas onde fica a garantia do serviço? como vamos saber se estamos amando aquele alguém de verdade se não tivemos tempo pra abstrair o antigo? tem como separar o amor novo do velho? o medo da solidão paralisa o raciocínio, só queremos alguém do lado sem se importar se alguém vai fazer diferença. é só questão de status e contagem, ninguém quer o troféu de solteiro. se amar pra que se podemos encontrar quem o faça? ser par com alguém vai além de dividir a cama. às vezes o fim é só o começo das nossas vidas e de outras vidas também.
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