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Dizem que quando estamos de cara com a morte, toda a nossa vida passa diante de nossos olhos. Como se fosse um trailer de filme. Você tem a oportunidade de reviver todos os seus momentos em alguns segundos e toda essa estória que o povo gosta de inventar. Acontece que Augusta não estava diante de sua morte literal, ela estava na porta da igreja e a caminho do altar. O barulho da porta sendo aberta fez com que esse momento acontece, semelhante ao estalo de um tiro certeiro que iria atingi-la em poucos minutos. Foi apenas uma piscadela e então ela viu toda sua vida passar, do primeiro dia na creche até o instante em que ela saiu desceu da carruagem. Todas as perguntas improváveis apareceram em sua mente, todas as incertezas, todos os SEs, todos os 'por ques' e até o próprio ponto de interrogação apareceu sozinho. Para alguns ela estava realmente caminhando para a morte. Então como se tudo aquilo tivesse pulado direto para o momento paraíso, Augusta ouviu a voz de seu amado. Trazendo ela de volta a vida, a convidando para se aproximar mais, espalhando toda aquela nuvem de perguntas e acalmando o circo que rolava dentro de sua cabeça. Ela ergueu os olhos, o caminho que antes parecia ser sem fim e direcionado para o precipício se transformou num caminho curto e com destino a felicidade. Augusta suspendeu o vestido, jogou o buquê antes da hora e correu para os braços de seu amado.
4 comentários:
bravo, bravo!
Bravo novamente.......e quem diz isso é quem já viu a morte de perto, pelo menos 3 vezes.
Abraços
A morte nossa de cada dia. Uma delas.
Muito lindo esse texto. Deve ser bem assim quando você está prestes a casar. Adorei.
Beijos
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