medo.



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 A palavra por si só já traz consigo vários sinônimos. 
O medo é tipo roupa preta, pode ser usado em qualquer situação que ninguém vai estranhar. É como sal, sempre usado para temperar os relacionamentos. Pode ser visto como um sapato apertado, que mesmo trazendo incômodo nunca é deixado de lado.
Todos possuímos medo, é um ingrediente usado na nossa formação. Cada um com o seu e ninguém tem o direito de se meter. Medo é mais particular do que sms de celular. Alguns são até aceitáveis, como o medo de morrer ou então o medo de amar. Tem aqueles que são vistos como ridículos e desnecessários, como medo de robô ou medo de lâminas. Volto a dizer que ninguém tem o direito e tão pouco a liberdade de tentar privar as pessoas de seus próprios medos.
Tem gente que tem o disparate de dizer que medo é sinônimo de fraqueza. Fraco é aquele que pensa não ter medo de nada, ele carrega o pior dos medo: o medo de ter medo.
O fato de você conseguir encarar uma coisa que te trazia medo, não quer dizer que ele deixou de existir, só prova que agora o seu medo é menor do que a sua vontade de fazer aquilo. De experimentar coisas novas ou usadas.
Não, eu não estou dizendo que agora você deve esconder o medo no canto do quarto e sair por aí quebrando a cara e o coração, ou talvez seja isso mesmo. Pelo menos agora você vai quebrar a cara e o coração de outro jeito, porque ignorante é aquele que pensa que o medo só te livra das coisas. Enquanto só ele existe dentro de você, ele vai fazendo o trabalho de te tornar uma pessoa oca - como os cupins fazem com as madeiras.

Um comentário:

Luciana Matos disse...

Adorei o texto Elis. Assumir os próprios medos é ao mesmo tempo aceitá-los e nos encorajarmos a lutar contra aqueles que nos fazem mal.
Eu tenho medo de muitas coisa, o mais apavorante é, sem sombra de dúvida, o de ficar só! "não me deixe só..."
rs!
Beijo coisa linda!