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Ela voltava de mais um dia de trabalho, como sempre jogando no celular e com as pernas pra cima do banco, foi quando ouviu uma voz dizer:
- sua mãe não te deu modos não?!
Já estava quase mandando a pessoa pra casa do baralho, quando viu de quem era a voz.
- isso só pode ser sacanagem do destino.
- também estou feliz em te encontrar.
- não, não venha se sentar aqui. tem vários lugares vagos.
Ele não se deu ao trabalho de responder, sentou-se do lado dela e pegou um fone pra colocar nos ouvidos.
- cadê a música?!
- acabou.
- uê, cadê a fita do outro dia?!
- comi.
- e foi difícil pra sair?!
- VOCÊ É UM IDIOTA, SABIA?!
- eu não sou surdo, sua louca.
O silêncio foi a resposta dela.
E assim seguiram viagem, ele sem saber pra onde ir e ela louca pra chegar em casa. Cada um com um fone no ouvido e sem música. Treze minutos se passaram e o silêncio foi quebrado pelo som da campainha que avisa que alguém queria saltar. Ela puxou o fone que estava na orelha dele e se levantou.
- prazer, Martina Eva.
Logo em seguida, ela jogou uma fita no colo dele e saltou.
O último encontro.
6 comentários:
Huuum... e tava tocando "O teatro mágico" antes dele chegar?!
Bacana!
Quem nunca teve o desejo de dizer: "Não, não venha se sentar aqui"?
Tenho sempre.
"Prazer, Martina Eva. O último encontro" Caraca, quero ler o resto loooooooooogo, rs! Beijos :*
se é qe vai ter um próximo encontro!
Que bela narrativa. Parabéns :)
Ahhhhhh não!
Eu quero mais encontros!
Escritores são tão cruéis!
rsrsrs!
Eliiiiiis! Adoro teus escritos lindoca! Adoro!
Beijo!
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