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- vou comprar pão e já volto.
essa foi a última frase que eu o ouvir dizer.
o sol 'frio' mostrava que a tarde já estava se findando e que a lua em breve iria brilhar.
quando ele disse isso, eu estava em pé na cozinha. observando a água ferver pra então passar o café. a água ferveu e o cheiro do pó-de-café perfumou toda a casa. arrumei a mesa do jeito que ele gostava. sua caneca branca de boca pra baixo, em cima do prato preto. a garrafa térmica bem fechada e o leite gelado ao lado. sem toalha sobre a mesa, isso o incomodava. tudo quase pronto, faltava o pão, o qual ele saiu pra comprar.
resolvi ir até a varanda e me sentei na rede. estava esperando-o chegar, pra abrir o portão. olhei o céu, que de azul celeste ficou azul anil. sem nenhum brilho. e até mesmo sem lua. os ponteiros do relógio giravam freneticamente. eu começava a me preocupar.
foi então que o telefone tocou. dei um pulo e corri até a sala pra atender.
a última coisa que me lembro é que quando abri os olhos percebi que aquele lugar não era a minha sala. várias luzes sobre os meus olhos. pessoas usando roupas verdes.
e logo em seguida um pedido de silêncio.
# é arriscando que se ganha.
3 comentários:
Achei tudo lindo - como sempre-, mas não entendi a histórias da roupas verdes ;s Beijo
Não importa o contexto.....e sim a frase de conclusão.......é arriscando que se ganha. Penso muito nisso.
grande 2011.
Eu gosto de finais assim, que deixa uma interrogação no ar.
Gostei das descrições. :D
;*, Quaresma.
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