sinto, mas.



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o grito estava preso, entalado na garganta e fazendo o ar parar de circular. o peso nas costas  estava se tornando cada vez mais desagradável. as perguntas ao invés de serem respondidas estavam se multiplicando mais rápido que coelho no cio. mesmo com sol cada amanhecer era sombrio e solitário. o doce se tornou salgado e o salgado insípido. o café perdeu o aroma e o leite azedou. placas mandavam seguir em frente, mas o caminho era só de volta. e foi quando a música perdeu a melodia que acabou-se o dia.

Um comentário:

renatocinema disse...

adoro seus textos.......esse pequeno texto seu foi meu grito de desabafo no último texto AGOSTO.
abs