o meu, o seu e o nosso rabo.



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nos sentamos em nosso próprios rabos e começamos a observar o rabo alheio. (rabo é uma das minhas palavras favoritas-de-engraçadas, repita comigo: RA-BO! isso, abram bem a boca na primeira sílaba e não esqueçam de fazer o bico na última). julgamos e condenamos a todos como se fossemos santos e separados. nos esquecemos das nossas fraquezas, das nossas mazelas e principalmente de que somos falhos como qualquer um. digo isso por experiência própria. olho para o passado e agradeço por ter conseguido mudar. quantos erros, quantas mentiras desnecessárias, quantas discussões baratas, quanta coisa desperdiçada ... a lista é grande. meus pecados podem até trocar de roupa, mas sempre vão existir, do mesmo jeito que os seus também. o julgamento, às vezes, é automático. já a condenação é algo bem pensado e calculado. começo achar que o rabo - e a cada vez que escrevo essa palavra eu rio - alheio é sempre maior e mais cabeludo que o nosso, talvez porque conseguimos olhá-lo por todos os ângulos e daí condenar cada movimento, já que o nosso só é possível observar quando estamos diante de um espelho e quem é que fica observando o próprio rabo? é melhor esconder, guardar e ignorar a existência. vamos deixar cada um se incomodar e mudar, às vezes é necessário tempo. lembre-se que enquanto você tá cuidando do rabo alheio tem alguém cuidando do seu, fica a dica.

3 comentários:

renatocinema disse...

Poesia e filosofia......com o rabo alheio. kkk

Abraços

Nati Pereira disse...

Julgar é o clube da maioria das pessoas e mesmo quando não queremos, fazemos involuntariamente. Beijos

Henrique Miné disse...

por isso que meus pecados só andam desnudos, com o rabo e todas as outras vergonhas de fora!