um dedo de prosa [42]
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Ele: como você tá?!
Ela: indo ...
Ele: pra onde?!
Ela: pra onde a vida me levar.
Ele: bem que ela poderia te trazer cá pra casa.
(risos)
ato cinquenta cinco.
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Quando ficamos longe, perdemos tempo ensaiando o que vamos dizer (escrever) na nossa volta, tudo perda de tempo e de palavras, não sei você, eu nunca digo (escrevo) nada do que ensaiei em frente ao espelho.
Às vezes, dá vontade de falar sobre o que aconteceu, sobre o que deixou de acontecer, sobre as músicas que você conheceu, sobre as paixões que passaram pelo seu coração, sobre as separações, sobre as festas, sobre as cores, sobre filmes, sobre seriados e mais uma infinidade de assunto. Quando na verdade, tudo o que precisamos dizer é: voltei.
Talvez, não tenha ninguém a minha espera, talvez eu vá chegar e a solidão é quem vai me buscar. Tudo pode acontecer, todos podem ter cansado de esperar, porque esperar dói e causa queda-do-cabelo-do-suvaco.
Voltamos, cheios de expectativas, fazendo promessa até pro cachorro da rua. Garantimos tudo será diferente, tudo será valorizado, menos as besteiras e picuinhas. Voltamos trazendo a esperança de que um novo começo aguarda por nós. Voltamos e voltamos a ser o que éramos e sempre seremos.
# mudamos a roupa e a cara ainda é a mesma.
ato cinquenta nove.
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Ridículo não é assumir o sentimento e sim tentar escondê-lo. Dizem que a gente não pode escolher de quem gostar, eu não sei se é bem assim que a banda toca, mas no campo do sentimento todos os lances são aceitáveis. A verdade é que eu sempre gostei de pessoas-não-indicadas - fazer o que?! Com isso, me tornei uma jogadora do time dos ridículos, porque na tentativas de ser bem vista eu negava e escondia os meus sentimentos.
Ainda bem que com o passar do tempo a gente aprende a trocar de time e a jogar em outras posições.
Hoje, eu assumo bem os meus sentimentos, mesmo quando eles só são existentes na minha mente e no blog. Será que sentimento inventado é válido?! E quando se inventa um sentimento por alguém-não-indicado?!
Sim, sou estranha e comum, quem não é?!
Fato é que sentimento é sentimento, real ou inventado, deve ser demonstrado.
- o nosso amor a gente inventa.
um dedo de prosa [41]
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Ela: acho que ...
Ele: que o que?!
Ela: só acho.
Ele: eu tenho certeza.
Ela: de que?!
Ele: que você só acha.
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