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às vezes, devorar livros de romances fazem a gente pensar que o amor nunca será tão emocionante ou meloso para nós. os casais são improváveis, alguns clichês da moça destrambelhada que cativa o afeto do popular da escola ou então aquela amiga romanticamente invisível que traz um despertar ao coração do seu quase-irmão.
eu já desejei incontáveis vezes viver algo assim. uma realidade que fugisse do padrão, que fizesse o coração saltear todas às vezes. vivenciei romances virtuais surreais de caóticos, porque eram fundamentados no campo das ideias (risos). mas a autossabotagem sempre chegava com o pé na porta. e eu que sempre gostei de sofrer, abraçava a oportunidade com todas as minhas forças. colecionando cacos de corações alheios, pois o meu já era apenas farelos.
e um dia, após alguns matchs e muitos beijos-sem-compromisso: encontrei um rapaz. no ano que ganhou o título de pior-ano-possível. mostrando que nem sempre a luz no fim do túnel é um trem. claro que uma pessoa que suspira pessimismo e desesperança, vivi os meses seguintes no aguardo de mais um abandono pra conta (relaxa que a terapia tá em dia). eu só não contava que toda a reciprocidade recebida já tinha me convencido de que agora-é-diferente. e fiz a arriscada pergunta: me namora?